É a principal causa de dor no calcanhar do atleta de corrida. Ao contrário do que se imaginava, o processo local não é inflamatório e sim degenerativo (desgaste) da oriegem dessa estrutura.
O ESPORÃO CALCÂNEO NÃO É CONSIDERADO A CAUSA DESTA AFECÇÃO ( esse “bico” ósseo se origina na inserção dos músculos flexores curtos dos dedos e não na fásccia plantar)
ORIGEM: Principalmente erros de treinamento e falta de preparo muscular para a corrida. Além disso: treino em superfícies muito duras, calçados inadequados ou gastos demais, aumento repentino na intensidade e/ou duração de treinamento, aumento súbito de peso ou estar acima do peso ideal; alterações no comprimento da fáscia e encurtamento do tendão de aquiles.
ANATOMIA:
DIAGNÓSTICO:
Sintomas: Dor na inserção da fasciia plantar à primeira pisada do dia e principalmente durante a corrida.
Exame clínico: dor à palpação da fáscia e edema local
Obs: diferenciar da fratura por estress do calcâneo e compressão do nervo do músculo abdutor do quinto dedo (dor mais medial)
Exames de imagem: ressonância magnética é o melhor exame para determinar a degeneração local e descartar outras doenças.
Ressonância Magnética: seta mostrando a degeneração da fásccia
TRATAMENTO:
Quadro agudo: controle da dor com repouso (substituir os treinos de corrida por bicicleta ou simulador de caminhada; caminhadas caso não traga dor) antinflamatórios, gelo e fisioterapia.
Após uma melhora da dor: iniciar exercícios de fortalecimento da muscultura intrínseca do pé / fortalecimento muscular tríceps sural e tibial posterior / treino sensório – motor / bicicleta / manter flexibilidade
Retorno total aos treinos ( prevenção): fortalecimento do tornozelo / exercícios sensório – motor / treinos educativos corrida – trote superfícies baixo impacto – corrida
Cuidados: infiltrações locais com corticóide não estão indicadas pois predispõem à ruptura da fáscia / Tratamentos cirúrgicos são raros / Caso necessário, prescrição de palmilhas funcionais para correção.
